Mais de 85% dos brasilienses pretendem ir às compras neste fim de
ano
Em
clima de fim de ano, os brasilienses têm se organizado nos últimos dias para
garantir o presente de Natal para amigos e familiares.
Segundo pesquisa do Instituto da Federação do
Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-DF) a expectativa é que cerca
de R$ 992 milhões sejam movimentados nas vendas de Natal de 2024, impulsionando
significativamente o setor varejista, um crescimento de até 9% nas vendas em
relação ao ano passado.
Entre
os fatores de aumento nas vendas estão o valor médio do tíquete de 14,8%, de R$
345,26 em 2023 para R$ 396,67 neste ano.
O
segundo fator é a alta na intenção de compra dos consumidores, com 85,9% do
público com a intenção de compra, contra 64,5% no ano passado, segundo o
estudo.
“Esse
crescimento abrange todos os segmentos empresariais de Brasília, desde a
indústria até o comércio. A venda de produtos e serviços têm um impacto direto
na economia local, o que possibilita ao governo aumentar investimentos em
obras, programas sociais e outros serviços à população”, afirma o secretário de
Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda, Thales Mendes.
Segundo
ele, os investimentos realizados pelo governo também têm contribuído
diretamente para a geração de empregos. “Qualificamos quase 25 mil pessoas por
meio do programa ‘QualificaDF’, preparando-as para a ampliação do mercado de
trabalho. A expectativa é positiva, pois isso resulta em maior arrecadação e
aumento na taxa de empregabilidade”, completou Mendes.
Otimismo no comércio
Entre
os comerciantes, segundo a Fecomércio, 77% dos lojistas se mostraram otimistas,
esperando vendas superiores às de 2023, enquanto 18,8% preveem um desempenho
similar e 4,2% projetam uma queda nas vendas.
Apesar da expectativa de crescimento menor,
2024 registra o segundo melhor desempenho nos últimos oito anos.
A
lojista Conceição Pereira, 54, passou a investir na cultura dos Funko Pop,
bonecos colecionáveis de personagens da cultura pop, que têm se popularizado
nos últimos anos
Confiante
no aumento das vendas, Damião Leite, presidente da Cooperativa de Produção e
Compra em Comum dos Empreendedores da Feira dos Importados de Brasília
(Cooperfim), começou a abrir o estabelecimento também às segundas-feiras.
“Estamos vendo o aumento no fluxo de clientes e, com o pagamento da última
parcela do 13º salário, esperamos que as compras se intensifiquem nos próximos
dias”, comemora. O empreendedor também espera a visita de pessoas de outros
estados na capital. “Nesse momento é comum vir turistas para passar o Natal com
familiares e ao aproveitar para conhecer a cidade, visitam a Feira dos
Importados”.
Opções
atrativas
Seguindo
as tendências do mercado, a lojista Conceição Pereira, 54 passou a investir na
cultura dos Funko Pop, bonecos colecionáveis de personagens da cultura pop, que
têm se popularizado nos últimos anos. “Há quatro anos, meus principais produtos
eram videogames, mas, com a queda da demanda, decidi apostar nos Funko Pops. As
vendas aumentaram, especialmente em datas comemorativas”, contou Conceição, que
também aposta no atendimento personalizado para atrair clientes. “A gente tem
que conquistar a clientela, mostrar bem o produto e ser educado com todos”,
opina Conceição.
Leonardo Gonçalves, dono de uma loja de produtos eletrônicos, notou uma queda nas vendas em relação ao ano passado, mas permanece otimista. “Acreditamos que, conforme o Natal se aproxima, a demanda aumente. Há 15 anos no mercado, ele acredita que o segredo para atrair clientes é inovar. “Na área da tecnologia temos que estar sempre atentos para as novidades e ter disponível o que os clientes estão procurando”, destaca.
O
professor Patric Moreira é um exemplo de consumidor que prefere a loja física
Preferência
do público
Segundo
a pesquisa da Fecomércio, a maioria dos consumidores (55%) prefere realizar
suas compras em lojas físicas, como as de rua e shoppings, que oferecem uma
experiência mais direta com os produtos. Entre as razões apontadas pelos
entrevistados estão a possibilidade de avaliar a qualidade dos itens (29,07%) e
a oferta de preços mais acessíveis (23,98%).
Patric
Moreira, professor, é um exemplo de consumidor que prefere a loja física.
“Gosto de ver o presente de perto, verificar se a pessoa vai gostar e já sair
com o item em mãos”, explicou. Ele aproveitou as férias e o acréscimo do 13º
salário para garantir os presentes para sua família. “Comprei tudo na Feira dos
Importados para minha mãe, meu afilhado e algumas crianças que são filhas de
amigos.”
Maria
Aparecida Caetano, de 55 anos, também aproveitou o momento para trocar a
armação dos óculos e buscar presentes. “Pesquiso os preços, penso com calma e
depois volto para comprar o que gostei”, conta ela, que anseia por um presente
especial para o filho, nascido no dia de Natal. “A comemoração é em dobro,
então o presente tem que ser ainda mais especial”, diz, com entusiasmo.
Direitos
do consumidor
Durante
o período de fim de ano, o Instituto de Defesa do Consumidor do Distrito
Federal (Procon-DF) orienta os consumidores sobre os direitos relativos à troca
de produtos e às compras realizadas. “Se o produto não tiver defeito, a loja
física não é obrigada a trocar. No entanto, se a loja adotar uma política de
troca, o consumidor deve ficar atento aos prazos e condições de reembolso”,
alerta o diretor-geral do Procon-DF, Marcelo Nascimento.
No
comércio eletrônico, o consumidor tem até sete dias após o recebimento do
produto para desistir da compra, caso o item não atenda às suas expectativas ou
apresente defeito. “O consumidor tem direito ao reembolso total do valor pago,
incluindo o frete”, ressalta o diretor.
Para Marcelo, a informação garante uma boa experiência. “Sempre que houver qualquer problema ou dúvida, o consumidor deve buscar auxílio no Procon. Isso ajuda a melhorar o padrão de qualidade dos serviços prestados e evita que outros consumidores enfrentem as mesmas dificuldades.”
As
denúncias podem ser feitas pelo Sistema de Peticionamento Eletrônico, pelo
telefone 151 ou presencialmente no ProCon-DF.