Grades haviam sido retiradas em fevereiro deste ano. Homem morreu após detonar artefatos explosivos em frente ao prédio, na noite de quarta-feira (13).

 

Após explosões na Praça dos Três Poderes em Brasília, na noite desta quarta-feira (13), o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) voltou a ser cercado por grades, nesta quinta-feira (14) (veja vídeo acima).

 

As grades haviam sido retiradas em um ato simbólico em fevereiro deste ano.

As grades no Planalto, no STF e na Praça dos Três Poderes começaram a ser instaladas em 2013 para reforçar a segurança em meio aos protestos contra a então presidente Dilma Rousseff (relembre mais abaixo).

 

A proteção do prédio ocorre depois que Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, tentou entrar no Supremo com explosivos.

 O homem morreu ao detonar os artefatos em frente ao prédio do STF.

 

Outras explosões aconteceram em um carro de Francisco, que estava no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados. Próximo ao veículo, a polícia encontrou um trailer alugado por Francisco, que também tinha artefatos explosivos dentro.

 

Segundo o irmão de Francisco, Rogério Luiz, ele era solteiro, trabalhava como chaveiro e tinha dois filhos, de 37 e 38 anos, do primeiro relacionamento.

Morador de Rio do Sul (SC), Francisco alugou um apartamento em Ceilândia, cidade-satélite de Brasília a 30 km da Praça dos Três Poderes.

No apartamento, a Polícia Militar do Distrito Federal também desativou explosivos.


Ato terrorista, diz Polícia Federal

 

Duas explosões foram ouvidas por testemunhas em frente ao STF, pouco depois das 19h30 de quarta-feira (13). Momentos antes, outras explosões aconteceram no carro de Francisco Wanderley Luiz, que estava no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados.

A Polícia Federal instaurou inquérito para apurar as explosões.

O caso é investigado como ato terrorista, segundo informou o diretor-geral da corporação, Andrei Rodrigues.

Francisco Wanderley morava em Rio do Sul, Santa Catarina, onde se candidatou a vereador pelo PL em 2020. Conforme apurado pela TV Globo, ele saiu da cidade natal no dia 26 de julho e chegou em Brasília no dia 27.

O serviço de inteligência da Polícia Rodoviária Federal (PRF) identificou que o carro de Francisco circulava em Brasília desde então — prioritariamente nas cidades de Ceilândia e Taguatinga.

 

Grades em frente ao STF

s grades em frente ao STF foram retiradas em fevereiro passado, no intervalo da sessão de abertura do ano do Judiciário. O presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, retirou parte do gradil em um ato simbólico, acompanhado do presidente Lula (PT.

 

A maioria das grades já havia sido retirada pelos seguranças mais cedo, no mesmo dia. A proteção aos prédios, na Praça dos Três Poderes começaram a ser instaladas em 2013 para reforçar a segurança em meio aos protestos contra a então presidente Dilma Rousseff.

 

Segundo a assessoria do STF, o gradil passou a cercar o prédio, de forma fixa, em 2016.

De lá para cá, ao longo dos últimos anos, foi feito um reforço e ampliação da quantidade de grades.

No Palácio do Planalto, as grades foram removidas pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) em maio do ano passado. Já as grades do Congresso Nacional foram retiradas no dia 8 de janeiro de 2024, durante a cerimônia "Democracia Inabalada", que marcou um ano dos ataques às sedes dos Três Poderes.(*Fonte:G1)