A ação ocorre no Distrito Federal e no Estado vizinho, com o
cumprimento de mandados de busca e apreensão
A
Polícia Federal e a Polícia Civil do Distrito Federal deflagraram, nesta
terça-feira (27), a operação “Não Seja um Laranja”, com o intuito de
desarticular organizações criminosas envolvidas em fraudes bancárias
eletrônicas.
A
operação é fruto da parceria entre a Delegacia Especial de Repressão aos Crimes
Cibernéticos (DRCC), da Polícia Civil de Brasília e o Departamento de Combate à
Corrupção e ao Crime Organizado (DECOR), da Polícia Federal.
De
acordo com as investigações, um dos casos que motivou a operação envolve um
desvio de R$ 206 milhões de uma instituição bancária.
Desse
total, mais de R$ 1,1 milhão foi rapidamente transferido para contas de
laranjas — pessoas que cedem suas contas bancárias para movimentar dinheiro
ilícito e dificultar o rastreio dos valores.
A
operação integra a ‘Força-Tarefa Tentáculos’, que visa reforçar o combate às
fraudes digitais, em parceria com instituições bancárias e financeiras. Esta é
a primeira ação conjunta desde a assinatura do Acordo de Cooperação Técnica
entre PF e PC-DF, firmado em 2024, que prevê o compartilhamento de tecnologias
e informações para combater crimes cibernéticos.
As
investigações apontam que tem crescido, nos últimos anos, o número de pessoas
que, de forma consciente, alugam ou emprestam suas contas bancárias a
criminosos, mediante pagamento, com a finalidade de dificultar o rastreamento
do dinheiro obtido por meio de fraudes. Esses indivíduos são popularmente
conhecidos como “laranjas”.
Os
suspeitos responderão pelos crimes de associação criminosa, furto qualificado
mediante fraude, uso de documento falso, lavagem de dinheiro e falsidade
ideológica.
Somadas,
as penas podem ultrapassar 20 anos de prisão.
As
forças policiais alertam que emprestar contas bancárias para movimentações
fraudulentas é crime e, além de gerar prejuízo a milhares de pessoas, financia
atividades de organizações criminosas no país.