Portaria publicada no ano passado veta artefatos que ultrapassem 100 decibéis; diferentes órgãos fiscalizam cumprimento das medidas, que visam preservar grupos sensíveis a sons


Fim de ano é quase sinônimo de fogos de artifício.

Mas, ao menos aqui no Distrito Federal, isso quer dizer apenas luzes no céu, nada de barulho.

Venda e uso de fogos de artifício no DF devem seguir legislação específica  - Águas Claras Mídia - As principais notícias sobre Águas Claras.

 Desde 2023, uma portaria conjunta da Secretaria de Segurança Pública e do Brasília Ambiental proíbe o manuseio, a utilização e a comercialização de fogos com estampido.

Os artefatos não podem ultrapassar 100 decibéis — medidos a 100 metros de altura — e não podem ser usados em eventos com participação de animais ou em áreas próximas a zoológicos, santuários, abrigos, parques públicos e áreas de preservação permanente.

Já se sabe do imenso estresse causado e que pode até levar à morte de animais como cães e gatos – os animais ouvem o barulho dos rojões com intensidade até 500 vezes maior do que os humanos, e o instinto de sobrevivência é mais alto, assim procuram abrigo freneticamente ou ficam longe de onde costumavam estar. Para conter este tipo de dano, no país já há restrições ao uso de fogos barulhentos como é o caso previsto na Lei nº 6647 do Distrito Federal.

 O intuito é promover um ambiente mais tranquilo e seguro àqueles que são mais sensíveis a sons altos, como pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), idosos e animais de estimação.

“A lei foi regulamentada em 2023. A partir de então, todos os eventos que utilizam fogos de artifícios precisam de autorização. Essa autorização é dada pela Divisão de Armas, Munições e Explosivos (DAME) da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). O ‘Brasília Ambiental’ é consultado no caso de interferência em áreas com unidade de conservação e fauna. Após as autorizações emitidas, a fiscalização ambiental vai fazer o monitoramento”, detalha a superintendente de Fiscalização e Monitoramento Ambiental do Brasília Ambiental, Simone Moura, acrescentando que, em 2024, não houve autuações por excesso de barulho, apenas uma por uso em local não permitido.