Operação Infectus cumpre mandados em Luziânia e investiga grupo que abastecia mercado criminoso com armas de uso restrito e drogas; penas podem ultrapassar 34 anos
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (4), a 'Operação Infectus', com a finalidade de desmantelar uma organização criminosa suspeita de tráfico de armas, munições e drogas na região do Entorno Sul do Distrito Federal.
As ações incluem o cumprimento de três mandados de prisão temporária e quatro de busca e apreensão, todos na cidade de Luziânia (GO), por determinação da 2ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça local.
As investigações começaram em março do ano passado, após a prisão em flagrante de um homem que tentou passar uma nota falsa de R$ 200 durante uma festa no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. A partir desse flagrante, a PF identificou indícios de que o suspeito também operava como intermediador no mercado ilegal de armas e munições, incluindo itens de uso restrito, além de drogas.
Associação criminosa estruturada
Segundo a PF, o principal investigado liderava um esquema que contava com ao menos seis outros integrantes, todos residentes de Luziânia e com histórico de crimes variados. O grupo abasteceria o mercado ilícito com armas adaptadas para atender exigências específicas, como suporte para lanternas e miras laser.
Relatos obtidos no inquérito indicam que os compradores, descritos como “clientela exigente”, recusavam armas que não atendessem a esses requisitos ou que apresentassem defeitos. Em algumas situações, armas falhando durante crimes geraram reclamações dos clientes.
Prisões e penas severas
Três membros do grupo já foram identificados e são alvos das prisões temporárias. Eles respondem a acusações de tráfico de armas e drogas, além de associação criminosa, crimes cujas penas podem ultrapassar 34 anos de prisão.
A 'Operação Infectus 'segue em andamento para identificar outros possíveis envolvidos e aprofundar as investigações sobre a atuação do grupo na região.