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"BONDE DOS GALÃS": Operação da PCDF desarticula quadrilha que usava APPs de relacionamento para extorquir homens

Publicada em: 17/06/2025 11:58 - Registro Policial

Conhecida como “Bonde dos Galãs”, a quadrilha agia em diversas locais da Grande Brasília e Entorno


A Polícia Civil do Distrito Federal (PC-DF)  deflagrou, nas primeiras horas da manhã desta terça-feira (17), uma operação para desarticular uma associação criminosa que usava aplicativos de relacionamento para atrair, roubar e extorquir homens, especialmente membros da comunidade LGBTQIAPN+.

 Conhecida como “Bonde dos Galãs”, a quadrilha agia em diversas localidades da Grande Brasília e Entorno.

Ao todo, foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão e oito de prisão temporária.

A investigação foi conduzida pela 26ª Delegacia de Polícia, em Samambaia, cidade-satélite da capital federal, e revelou o funcionamento de um esquema sofisticado baseado em perfis falsos em aplicativos como o ‘Grindr’.

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Segundo a apuração, os criminosos marcavam encontros com as vítimas em locais isolados e de pouca iluminação, como nas quadras 423 e 425 de Samambaia.

No momento do encontro, as vítimas eram rendidas por dois ou três homens armados e levadas a áreas afastadas, onde sofriam agressões físicas, como socos e coronhadas, além de ameaças verbais.

Sob coação, eram obrigadas a entregar seus pertences e realizar transferências bancárias.

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Em casos nos quais as vítimas possuíam altos valores em conta, elas eram mantidas em cárcere durante toda a madrugada para que os criminosos pudessem contornar os limites de transferência noturna e esvaziar as contas bancárias ao amanhecer.

A polícia identificou ainda que veículos roubados durante as abordagens foram usados em outros crimes antes de serem abandonados.

As vítimas também relataram ameaças para que não procurassem as autoridades.

 

Entre novembro de 2024 e junho de 2025, pelo menos 36 vítimas formalizaram boletins de ocorrência, mas a Polícia Civil de Brasília acredita que o número real seja maior, devido ao receio e ao constrangimento de muitas vítimas em denunciar.

 

Durante as investigações, os policiais identificaram diversos integrantes da quadrilha, com funções bem definidas: desde os responsáveis por atrair as vítimas até os que realizavam os assaltos e os que recebiam os valores e objetos roubados.

Os suspeitos responderão por organização criminosa, extorsão qualificada e roubo agravado, crimes marcados pelo uso de arma de fogo e pela restrição da liberdade das vítimas.

PCDF

 

Entenda o caso:

 A Polícia de Brasília desencadeou uma operação nas primeiras horas desta terça-feira (17/6)  para desarticular essa associação criminosa.

  • A investigação, conduzida pela 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia Norte), cumpre 20 mandados de busca e apreensão e oito de prisão temporária.
  • Foi apurado que os estelionatários criavam perfis falsos nos aplicativos para atrair vítimas de diferentes regiões do Distrito Federal e Entorno.
  • As localidades com mais alvos eram Lago Sul, Cruzeiro, Guará, Águas Claras, Taguatinga, Ceilândia, Recanto das Emas e Santa Maria.
  • Os encontros eram marcados em locais isolados e com pouca iluminação, principalmente nas quadras 423 e 425 de Samambaia, onde ocorriam as abordagens.
  • Durante o encontro, as vítimas eram surpreendidas por dois ou três criminosos armados, que as levavam para áreas afastadas.
  • Sob grave ameaça, violência física e intimidação psicológica, as vítimas eram forçadas a entregar seus pertences e realizar transferências bancárias.
  • Quando os criminosos identificavam que as vítimas possuíam saldo alto em conta, elas eram mantidas rendidas durante toda a madrugada até o amanhecer.
  • O cárcere era utilizado para contornar os limites de transferência noturna e assegurar a retirada do restante do dinheiro disponível na conta.

 

Vítimas ameaçadas

Em pelo menos duas ocasiões, veículos roubados foram utilizados na prática de outros crimes antes de serem abandonados. Além dos prejuízos materiais, as vítimas relataram ameaças para evitar que denunciassem os crimes às autoridades.

Entre novembro de 2024 e junho de 2025, ao menos 36 vítimas registraram ocorrências. No entanto, a Polícia Civil acredita que o número seja ainda maior, pois muitos não procuraram a PCDF por medo ou constrangimento.

 

Durante a investigação, diversos suspeitos foram identificados, cada um com funções bem definidas dentro do grupo criminoso. Enquanto alguns eram responsáveis por atrair as vítimas, outros executavam os assaltos, e havia ainda quem recebesse os valores e objetos roubados.

Os envolvidos responderão pelos crimes de organização criminosa, extorsão qualificada e roubo agravado, todos caracterizados pelo uso de arma de fogo e pela restrição de liberdade das vítimas. (*Fontes:JBr/Metropole)

 

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