Mais do
que uma forma sustentável de se locomover, andar de bicicleta é um exercício
completo, acessível e de baixo impacto, com efeitos positivos para a saúde
física e mental.
“Pedalar
pode reduzir o risco de doenças cardiovasculares, melhorar o bem-estar
emocional e até prolongar a expectativa de vida, portanto, se você tem a
possibilidade de fazer essa atividade com segurança na sua cidade, trate de
treina-la meio de locomoção ou aproveitá-la nos momentos de lazer. E lembre-se:
os benefícios ainda são maiores quando associados a uma alimentação balanceada
e uma boa hidratação”, recomenda o médico.
No 'Dia Mundial da Bicicleta', realizado em 3 de junho, confira
bons motivos para colocar a magrela na pista!
Fortalece músculos e articulações
O
ciclismo exige um trabalho focado nas pernas, quadris e glúteos para manter o
movimento de giro dos pedais, por isso os músculos dessas regiões acabam sendo
fortalecidos. Por ser um exercício de baixo impacto, em geral, costuma ser uma
opção interessante para pessoas com problemas articulares ou em reabilitação.
“Mas é sempre importante passar por uma avaliação médica antes de iniciar a
prática ou qualquer tipo de exercício para saber se existe alguma restrição no
seu caso”, orienta Ulloa.
Melhora a função cardiorrespiratória
Uma
revisão sistemática publicada no Scandinavian Journal of Medicine & Science in
Sports analisou 16 estudos específicos sobre ciclismo e
declarou uma relação positiva clara entre o ciclismo e a emissão
cardiorrespiratória em jovens. “Praticar o exercício torna o bombeamento do
sangue pelo coração e a oxigenação do corpo mais eficiente”, explica Ulloa.
Como consequência pode contribuir para a redução de fatores de risco para
doenças como diabetes, colesterol alto, obesidade, hipertensão e infarto, além
de diminuir o risco de mortalidade.
Atua no controle do peso
O
ciclismo regular ajuda no processo de emagrecimento ao promover a queima de
calorias e a redução da gordura corporal, um estudo publicado na revista Nature Communications . Na
pesquisa, homens sedentários com diabetes tipo 2 em estágio inicial pedalaram
uma hora por dia, cinco vezes por semana, durante oito semanas — e perderam, em
média, 2,6 kg, além de melhorarem indicadores de saúde como pressão arterial e
colesterol. “Por isso, se você costuma não ter tempo na agenda para treinar e
precisa perder peso, aproveite o uso da bicicleta como meio de transporte para
o trabalho, por exemplo. Essa é uma ótima maneira de aproveitar seu tempo para
se manter ativo”, orienta Ulloa.
Ajuda a prevenir o diabetes
Outro
estudo, publicado no periódico PLOS ONE , também apontou que
pessoas que pedalam regularmente têm menor risco de desenvolver diabetes tipo
2. A pesquisa acompanhou, por cerca de 14 anos, mais de 50 mil adultos
dinamarqueses entre 50 e 65 anos. Os resultados mostraram que tanto o ciclismo
recreativo quanto o uso da bicicleta como meio de transporte estão associados à
redução do risco de doenças. E mesmo quem passou a pedalar depois do início do
estudo apresentou uma queda significativa no risco de diabetes. “Isso reforça a
ideia de que nunca é tarde para adotar o hábito e colher os benefícios para a
saúde”, coloca Ulloa.
Melhora a saúde mental
Pedalar
regularmente também pode contribuir para reduzir os níveis de estresse e
ansiedade, além de melhorar o humor e a autoestima. Isso é o que aponta estudo
publicado no Journal of Transport & Health ,
que encontrou uma associação entre a prática regular da atividade e menor
sofrimento psicológico, bem como uma maior satisfação com a vida.
Benefícios benefícios cognitivos
Outro estudo mostra que o ciclismo
regular melhora a função executiva e o bem-estar em idosos, indicando um
impacto positivo na função cognitiva, especialmente na resolução de problemas
em adultos mais velhos.
Aumenta seu tempo de vida
Quer
viver mais? Então vá de bicicleta!
Um estudo realizado no Reino Unido
acompanhou mais de 82 mil pessoas durante 18 anos e revelou que quem estava ao
trabalho de bicicleta tinha 47% menos risco de morte por qualquer causa, 51%
menos risco de morrer de câncer e 24% menos risco de hospitalização por doenças
cardíacas.
E tem
mais: segundo uma pesquisa publicada no European Journal of Preventive Cardiology ,
parte do Copenhagen City Heart Study, pessoas que pedalam em ritmo moderado a
intenso vivem, em média, de 3 a 5 anos a mais do que aqueles que pedalam
devagar. “Ou seja, além de pedalar, vale dar uma aceleradinha”, finaliza Ulloa.