Polícia
investiga suposto caso de adoção ilegal
A
Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira (22),
uma operação contra supostos crimes de adoção ilegal.
Os
agentes cumpriram dois mandados de busca e apreensão em Sobradinho e
Planaltina (DF), e um mandado de busca e apreensão em Belo Horizonte (MG).
As investigações começaram em setembro deste ano, quando uma mulher grávida deu entrada para fazer o parto no Hospital Regional de Sobradinho.
Durante o atendimento, segundo a Polícia
Civil, os servidores acharam estranho o comportamento do homem de 40 anos que
se apresentava como o pai da criança.
Segundo
o delegado responsável pelo caso, a mulher estava em situação de
vulnerabilidade, e o homem era funcionário de uma grande empresa, aparentando
ter uma condição social muito melhor.
À
época, o Conselho Tutelar e a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e
ao Adolescente (DEPCA) foram acionados para atender ao caso.
Na
delegacia, segundo as investigações, o homem disse que a criança era fruto de
um relacionamento extraconjugal e que mora em Belo Horizonte.
Ele afirmou ainda aos policiais que queria
levar a criança para a cidade mineira. No entanto, ele se recusou a fazer
o teste de DNA para provar a paternidade.
Os
policiais também apontaram o fato de que a mãe da criança, de 36 anos, já teve
15 filhos. Desses, só três deles vivem com ela.
Ainda
de acordo com o delegado, casos similares, que apontam para adoção ilegal,
foram identificados em outros hospitais públicos da Grande Brasília.
A
polícia busca ligação entre os episódios.
O
crime de falso registro de filho é crime previsto no Código Penal, cuja pena é
de dois a seis anos de prisão.
O que diz a Secretaria de Saúde
"A
Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) informa que em casos de
desconfiança de falsa paternidade, cabe à pasta orientar e encaminhar o caso
para as autoridades competentes por se tratar de um caso de natureza jurídica.
A SES adota algumas medidas de protocolo nas
maternidades das unidades hospitalares da rede, tais como as pulseiras de
identificação dos bebês. Elas são preenchidas manualmente, imediatamente após o
nascimento e os dados são conferidos pela mãe e pelo(a) acompanhante. A SES
possui processo licitatório em curso que contempla a vigilância eletrônica,
como o monitoramento por câmeras, controle de acesso biométrico e as pulseiras
com leitura por código de barras. Além disso, os profissionais também passam por
educação continuada, com atualização sobre os protocolos de segurança."(*Fonte:G1)