Agressor
estava em surto de drogas e foi contido por professores e bombeiros. Secretaria
de Educação não se manifestou.
Um
homem em surto por causa de drogas invadiu uma escola que estava sem
vigilante e agrediu funcionários. Antes, ele agrediu a sua mulher, grávida
(veja detalhes mais abaixo).
O
caso foi na Escola Classe 102 do Recanto das Emas, no Distrito Federal, na
terça-feira (19).
A Secretaria de Educação não se pronunciou até
a última atualização desta reportagem.
O
homem foi contido por professores e bombeiros. Ele ainda deve ser ouvido pela
polícia. Um professor que não quer se identificar conta que
precisou lutar contra o invasor.
"Foi
uma luta corporal, eu fui conduzindo ele para fora da escola. Aí veio um outro
professor me ajudar. Ele chutou o professor e unhou a cara do professor. A
gente colocou ele para fora da escola, trancou o portão", relata o
educador.
Para
conter o homem fora da escola, foram necessários seis bombeiros, que
usaram faixas para a imobilização.
"Imagina,
seis homens para conter um cara em descontrole. Ele não estava armado, ele não
tinha uma faca, ele não tinha um revólver. Imagina se tivesse. O perigo que as
nossas crianças estão correndo em uma escola que não tem um vigilante",
diz o professor.
Dados
da pasta mostram que o número de vigilantes de carreira tem diminuído ano após
ano:
- em 2021 eram 1.118;
esse ano, o número caiu pra 877;
- além deles, a
secretaria conta com 2.664 terceirizados, que se dividem
entre 703 escolas públicas;
- o número de
porteiros também caiu; passou de 337 em 2021 pra 227 esse
ano.
Agressões
Escola
Classe 102, no Recanto das Emas
De acordo com o boletim de ocorrência registrado na delegacia, a esposa do invasor disse que foi agredida pelo marido depois que ele usou drogas e ficou em surto. Grávida, ela foi pedir socorro para a sogra, que trabalha na Escola Classe 102 e escondeu a mulher dentro da secretaria.
Uma
das funcionárias agredidas disse que tentou segurar o portão, mas ele conseguiu
entrar e ela acabou machucada.
O
caso é investigado como Lei Maria da Penha e lesão corporal. O homem foi
encaminhado para a UPA e recebeu sedativos.
Ele
ainda será ouvido pela polícia.
A
companheira dele, que foi agredida, contou que o relacionamento dura 5 anos, e
que ela já foi ameaçada de morte e agredida outras vezes. Agora, ela pediu
medidas protetivas.(*G1)