Serviço feito pelo Detran percorre todas as cidades-satélites e reforça a cultura do respeito à travessia segura na capital federal. Cerca de 70% das faixas do Distrito Federal já receberam os serviços de conservação e manutenção

 

 

Na capital federal, e suas cidades-satélites, o respeito à faixa de pedestres vai além de uma obrigação legal — é um costume que já faz parte do cotidiano dos brasilienses.

 

Em sintonia com essa cultura, o Governo do Distrito Federal (GDF) trabalha para recuperar as suas 4,4 mil faixas e manter o pódio no ranking de referência nacional quando o assunto é travessia segura.

 A iniciativa garante que, até o início das chuvas, todas as faixas estejam limpas, sinalizadas e visíveis aos motoristas e pedestres.

Para alcançar essa meta, os trabalhos começaram no início da estiagem, em meados de abril.

Até o momento, das 4.430 faixas de travessia distribuídas estrategicamente pelas localidades do Distrito Federal (DF), cerca de 70% já receberam os serviços de conservação e manutenção.

 

“Existem dois tipos de material para a recuperação da faixa, o quente e o frio. Em locais com mais movimentação, utilizamos o quente porque a durabilidade é maior. Em pontos onde não há tanto fluxo ou em dias que há previsão de chuva, nós aplicamos o frio, que não depende de condições climáticas adequadas”, explicou o analista em Atividade de Trânsito e executor do contrato de sinalização horizontal do Departamento de Trânsito (Detran-DF), Manoel Porcidônio.

 

A manutenção inclui a repintura de faixas em diversas locais da Grande Brasilia, principalmente no Plano Piloto, onde está concentrada a maior parte das travessias.

Por lá, foram finalizadas 246 na Asa Norte e 235 na Asa Sul, com exceção das localizadas na Avenida W3 Sul.

Desde o início do ano, outras cidades satélites como Fercal, Águas Claras, Cruzeiro, Vicente Pires, Samambaia e Sol Nascente/Pôr do Sol também receberam os serviços.

A expectativa é que todas as faixas sejam contempladas até o início das chuvas, garantindo maior segurança nas ruas e avenidas. Os trabalhos seguem em andamento na Vila Planalto, Paranoá, Taguatinga, Ceilândia e Jardim Botânico.

 

“A gente sempre prioriza que o trabalho seja feito à noite para evitar grandes impactos no trânsito, tendo em vista a necessidade de interromper o fluxo até que o material seque”, detalha o analista. “É muito importante termos esse serviço constantemente porque a cidade bem sinalizada se torna segura e, consequentemente, diminui os números de acidentes, sobretudo aqui em Brasília, onde temos a cultura tão viva do respeito à faixa de pedestre”, conclui Manoel.

 

Quem passava pelo Setor Militar Urbano (SMU), pôde ver de perto os trabalhos para repintar uma das faixas do setor, como é o caso da estudante Ana Carolina de Sousa. “Eu passo aqui todos os dias por causa do meu trabalho. Estava realmente meio apagado, dava uma insegurança para atravessar. Espero que, com a faixa branquinha, os motoristas fiquem mais atentos ao pedestre”, destaca.

 

A auxiliar de serviços gerais Eledi da Silva também aprovou: “Ficou ótimo. Se não ficar arrumadinho assim, fica bem ruim para a gente atravessar. Eu saio do trabalho à noite e a visibilidade já fica ruim, então, agora vai dar gosto de passar pela faixa”.

 

Novas faixas

A população pode solicitar a criação de novas faixas diretamente ao Detran (pelo site), à Ouvidoria (pelo site ou pelo número 162) ou às administrações regionais.

O pedido deve conter imagens ou croquis com a localização da travessia desejada e os motivos que originaram a solicitação.

A demanda é enviada aos setores de engenharia de trânsito do órgão responsável, que avaliam se os locais seguem os critérios necessários.