Caso terminou com a morte de dez pessoas da mesma família no ano passado.

 

O Tribunal do Júri de Planaltina (DF) determinou que quatro acusados de envolvimento na chacina que vitimou 10 pessoas da mesma família, devem ir a júri popular.

O crime aconteceu em 2023 e, segundo as investigações, os assassinatos foram motivados pela venda de uma chácara no Itapoã, perto do Paranoá, avaliada pelos suspeitos em R$ 2 milhões.

 

 A ideia dos suspeitos era não deixar nenhum familiar para ficar com a casa e vender o imóvel.

 

Segundo a juiz responsável, foram encontradas digitais de Carlos Henrique Alves da Silva, Horácio Barbosa, Carlomam dos Santos Nogueira e Gideon Batista de Menezes no cativeiro utilizado para manter as vítimas antes dos assassinatos.

 

Além disso, depoimentos de testemunhas também corroboram com a tese da participação dos homens.

 

“A Autoridade Policial exerceu o juízo inicial de tipicidade acerca dos fatos, tendo o Ministério Público encampado suas conclusões por ocasião do oferecimento da denúncia, que, por sua vez, foi posteriormente recebida por este Juízo, diante da constatação da materialidade dos fatos (mortes das vítimas) e da probabilidade, ao menos em tese, de que os atos executórios tenham sido praticados na forma indicada na exordial acusatória”, disse o juiz Taciano Vogado Rodrigues Júnior na decisão.

 

Essa fase processual apenas define se o caso deverá ser analisado por jurados.

 

“O Tribunal do Júri é composto por um juiz presidente e vinte e cinco jurados, dos quais sete serão sorteados para compor o conselho de sentença e que terão o encargo de afirmar ou negar a existência do fato criminoso atribuído a uma pessoa. Assim, é o cidadão, sob juramento, quem decide sobre o crime. Essa decisão do jurado é de acordo com a sua consciência e não segundo a lei. Aliás, esse é o juramento, de examinar a causa com imparcialidade e de decidir segundo sua consciência e justiça”, explica o Tribunal de Justiça do Distrito Federal.

 

O caso de outro acusado por envolvimento no crime, Fabrício Silva Canhedo, foi desmembrado e ainda não foi analisado. Todos os cinco denunciados seguem presos preventivamente.

 

Relembre o caso

arte de vítimas da chacina do DF em fundo vermelho

O Ministério Público do Distrito Federal denunciou cinco pessoas pelo assassinato de dez integrantes da mesma família.

 

 Os suspeitos são Horácio Barbosa, Gideon Menezes, Fabrício Silva Canhedo, Carlomam dos Santos Nogueira, que compõem o núcleo da associação criminosa, e Carlos Henrique Alves da Silva, que teria participado de um dos crimes.

 

Os assassinatos foram motivados pela venda de uma chácara no Itapoã, avaliada pelos suspeitos em R$ 2 milhões.

 

A ideia dos suspeitos era não deixar nenhum familiar para ficar com a chácara e vender o imóvel. O caso teve reviravoltas quando a polícia encontrou os corpos de vítimas até então apontadas como mandantes dos assassinatos. A ideia dos suspeitos era não deixar nenhum familiar para ficar com a chácara e vender o imóvel.(*Clipping:R7)