Em entrevista à coluna Grande Angular, o secretário de
Transporte do GDF falou que serão aceitos somente pagamentos em cartões ou Pix
O
secretário de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal, Zeno Gonçalves, disse, em entrevista à coluna Grande Angular, que
planeja a “retirada total do dinheiro a bordo” dos ônibus, a partir dos
validadores que permitem o pagamento da passagem com cartões e Pix.
Atualmente, essa tecnologia está
em teste em 134 ônibus da Marechal. Há um cronograma para ampliação do sistema
que também possibilita o acompanhamento em tempo real dos veículos por meio de
aplicativo.
“Nós temos um cronograma de fazer pilotos em regiões como, por
exemplo, o Gama, Santa Maria ou Sobradinho – gente está avaliando – nos quais
não serão mais aceitos pagamento em espécie no dentro dos ônibus. As pessoas
vão poder usar os seus cartões ou adquirir um bilhete”, disse Gonçalves.
Segundo o secretário, a pasta
fará ampla divulgação sobre a novidade e o objetivo é que, ainda este ano, haja
“retirada total do dinheiro a bordo”. A portaria que trará os detalhes do
projeto será publicada ainda no primeiro semestre de 2024, de acordo com o
gestor.
“Vai ter uma transição. A gente vai fazer muita propaganda, vai
divulgar para as pessoas. Ainda este ano nós vamos ter tanto essa possibilidade
de retirada total do dinheiro a bordo, como também a previsibilidade”, afirmou.
Durante a entrevista, o
secretário de Transporte disse que um grupo de trabalho com integrantes do
governo federal, de Goiás e do DF tenta encontrar uma forma de melhorar o
sistema do Entorno. Gonçalves disse que 60% da população das cidades goianas
vem para Brasília todos os dias, o que eleva a população do Plano Piloto a 1,5
milhão de pessoas durante 10 horas.
“O modelo lá é de uma concessão onerosa. As empresas só recebem
a tarifa usuário, com zero subsídio. Então, colocar o GDF para pagar mais ainda
essa conta ia pesar muito para o nosso subsídio. É uma equação que ia onerar
bastante o nosso sistema”, afirmou.
O titular da pasta citou a
possibilidade de integrar os sistemas e declarou que o Governo do DF já arca
com a estrutura porque os ônibus do Entorno usam as faixas exclusivas dos
coletivos da capital federal.
“Agora, se você integrar todos e introduzir esses usuários
dentro do sistema para que eles paguem uma tarifa única, com integração, talvez
nós teríamos equilíbrio”, pontuou.
“Nesse novo cronograma, a
renovação da frota toda vai ser concluída até o final de 2024, e não em 2026.
Na verdade, nem era em 2026. Eles apresentaram um escalonamento por lotes, cujo
último lote seria em janeiro de 2026. Aí eu falei: não dá para aceitar”, disse.
A compra dos novos ônibus não terá custo para o usuário, ou seja, não haverá
aumento da passagem, de acordo com Gonçalves.
Leia a entrevista:
Isadora Teixeira: Três
deputados distritais do PSol e do PSB acionaram Tribunal de Contas e o
Ministério Público em razão do descumprimento da renovação da frota da
Marechal, uma das cinco empresas que fazem o transporte coletivo do DF. E,
também, diante da informação de que os novos ônibus só chegarão em 2026, daqui
a dois anos. Mesmo sem trocar os veículos no ano passado, conforme previsto inicialmente,
o contrato acabou renovado. Por quê?
Zeno Gonçalves: Na renovação de contrato você avalia vários aspectos. Um
deles é vantajosidade. Quando você já tem uma empresa que atua, mesmo com os
ônibus não totalmente renovados, mas com uma frota que atende aos requisitos
mínimos de segurança e você tem a possibilidade de não perder a continuidade do
serviço para o usuário – o nosso principal compromisso é não deixar o usuário
desassistido – a gente optou – isso foi na gestão do meu secretário que me antecedeu,
que foi o Flávio – por renovar a frota e renovar o contrato com o compromisso.
A Marechal assumir esse compromisso, na renovação desse
contrato, de fazer a substituição dos ônibus que ainda não havia sido feita.
Bom, ela tinha um prazo para atender, apresentar esse cronograma. Ela
apresentou dentro do prazo previsto nesse aditivo de prorrogação. Na sequência,
pouco tempo ainda, nós fizemos um acordo para pagamento de um passivo que a
Marechal tinha. De fato, ela tinha esse passivo e nesse acordo ela ratificou
essa obrigação de renovar e apresentar o cronograma de renovação de frota. E
assim ela o fez. Ela cumpriu o prazo, apresentando o cronograma de renovação de
377 veículos.
Num primeiro momento, foi esse prazo que você citou. A Semob não
aceitou. Nós nos reunimos com a empresa e fomos bastante claros com a empresa e
dizendo que, se eles não apresentassem um cronograma de renovação com
comprovante de aquisição desses veículos que atendesse a necessidade o prazo de
até 180 dias, nós não aceitaríamos. E, na sequência, poucos dias depois, a
empresa me disse que renegociou e conseguiu um prazo de fornecimento de
veículos mais ágeis. Ela apresentou, semana passada, esse novo cronograma e foi
aceito.
Então, nesse novo cronograma, a
renovação da frota toda vai ser concluída até o final de 2024, e não em 2026.
Na verdade, nem era em 2026. Eles apresentaram um escalonamento por lotes, cujo
último lote seria em janeiro de 2026. Aí eu falei: não dá para aceitar. A gente
não aceitou e eles tentaram justificar, mas, enfim, entenderam a importância
que a gente tem de de acelerar essa renovação. E assim foi feito. Começam a
chegar os primeiros lotes já agora em abril, até o final de abril.
Isadora Teixeira: Serão
quantos?
Zeno Gonçalves: Nesse
primeiro semestre, em torno de 122 ônibus. Até o final do ano serão os 377
ônibus. E mais um detalhe, informação que a empresa me passou: estão trazendo
ônibus com uma tecnologia muito moderna. A informação que eles nos deram é que
serão veículos da marca Volvo. Não serão nem os Mercedes que tradicionalmente
usamos aqui em Brasília. São veículos mais modernos, mais adequados e muito
mais eficientes energeticamente. Um pouco mais caros, não muito, mas eles
conseguiram uma boa negociação. Segundo eles me disseram, a Volvo faz questão
de ter bons ônibus aqui na capital do Brasil. Nós estamos bastante
entusiasmados com essa nova frota que está vindo aí.
Isadora Teixeira: Essa
renovação de frota tem um custo. Já está incluído no contrato? Vai ter custo
para a população? A passagem vai aumentar?
Zeno Gonçalves: Não, não
aumenta. O preço da tarifa usuário não vai aumentar. São as três faixas que a
gente tem: de R$ 2,80, R$ 3,70 e R$ 5,50. Esse valor não vai subir. A
determinação do governador Ibaneis é de não repassar esse custo. Agora, quando
você faz um contrato de concessão, você tem as datas dos investimentos futuros,
bem como o valor da depreciação de cada veículo e as datas previstas para
renovação de frota.
Tudo isso já está previsto desde a contratação inicial, lá em
2011, 2012, e agora na renovação de frota. Então, à medida que você vai tendo
que renovar sua frota, você prevê esse valor de investimento e isso é
remunerado ao longo de todo o contrato. Esse é o modelo de concessão utilizado
em todas as forma de concessão de rodovias, de ferrovias e, também, o serviço
de transporte. E aí é remunerado pela tarifa técnica. Ao longo de todo o
contrato, você tem uma taxa de retorno, você prevê os investimentos, você
calcula qual vai ser o valor que a empresa tem que ser remunerada para você
manter o equilíbrio do contrato dentro do lucro pactuado que ela propôs e que
foi aceito na licitação e no contrato.
Para o usuário, nenhum acréscimo de investimento. Para o
governo, a gente está sempre monitorando esse equilíbrio para que a gente tenha
o menor subsídio possível.
Com a pandemia, os gastos do governo se elevaram, mas eles estão
numa descendente agora. Já chegaram no pico, agora estão descendendo.
No ano passado, nós tivemos o custo de R$ 1,8 bilhão de gastos
de subsídio. Esse ano, a ideia, pelos nossos cálculos, a gente vai diminuir
para R$ 1,4 bilhão. E a economia nos próximos anos, esse próximo período de
contrato, será de aproximadamente R$ 5 bilhões. Se a gente tornar o sistema
mais eficiente, com mais usuários, mesmo adquirindo mais ônibus, mesmo
ampliando as linhas, você vai baixando mais ainda o custo.
O ideal é que a gente tivesse o equilíbrio e que a tarifa do
usuário pagasse o sistema. Brasília tem um modelo único no Brasil. Você tem um
grande deslocamento de massa de pessoas que vem para trabalhar e volta em
horário de pico. O resultado você vê ali no entorno do Mané Garrincha, por
exemplo: centenas de ônibus estacionados que poderiam estar circulando para
rentabilizar o sistema. Mas não tem, porque eles ficam aguardando horário de
pico pra levar todo mundo de volta. Então, esse custo é que pesa no transporte.
Por isso, nosso subsídio ainda é tão pesado.
Isadora Teixeira: Existe
algum projeto para que o GDF possa ajudar, de certa forma, para que as passagens
do Entorno não fiquem tão altas?
Zeno Gonçalves: Se você
analisar bem, se a gente parar para pensar, O GDF já arca com boa parte do
custo da infraestrutura, porque esses ônibus do Entorno trafegam nas nossas
vias preferenciais expressas.
Hoje, o usuário do Entorno está optando por pegar, por exemplo,
os ônibus em Santa Maria. Eles vão no BRT de Santa Maria para pagar os R$ 5,50
e tem integração, ainda, de três acessos, sem precisar pagar mais.
O modelo lá é de uma concessão onerosa. As empresas só recebem a
tarifa usuário, com zero subsídio. Então, colocar o GDF para pagar mais ainda
essa conta ia pesar muito para o nosso subsídio. É uma equação que ia onerar
bastante o nosso sistema.
Agora, se você integrar todos e introduzir esses usuários dentro
do sistema para que eles paguem uma tarifa única, com integração, talvez nós
teríamos equilíbrio. O que está acontecendo exatamente agora? O Ministério da
Infraestrutura criou um grupo de trabalho, a Semob tem assento, nós temos dois
técnicos lá participando para, justamente, discutir esse modelo de Entorno. E
aí nós temos que envolver os municípios, o estado de Goiás e o governo federal
tem que entrar nessa equação, nessa conta. E, obviamente, o Distrito Federal,
tem que ser ouvido, porque todo mundo vem pra cá.
60% da população do Entorno vem para Brasília, se muda para
Brasília. No Plano Piloto, tem 300 mil pessoas aproximadamente. Nós subimos a
população para 1,5 milhão de pessoas durante dez horas por dia. E, então, você
imagina o impacto disso no nosso sistema de transporte, com toda estrutura e
infraestrutura de governo aqui em Brasília.
Isadora Teixeira: Uma
cratera se abriu no Setor Policial Sul na última quarta-feira (4/4). Houve
alguma mudança no trajeto dos ônibus?
Zeno Gonçalves: Não houve
nenhum impacto. Obviamente, por questão de segurança se faz ajuste de desvio,
mas nenhuma linha foi alterada, nenhum horário foi alterado. Não houve prejuízo
para o usuário do transporte. Esse é um assunto que o nosso novo secretário de
Obras, Valter Casimiro, deve resolver.
Nessa sexta-feira (5/4), o Departamento de Trânsito do Distrito
Federal (Detran) informou que todas as vias do Setor Policial, sentido
Taguatinga, e todas as alças de acesso da via Epig, já estão liberadas. O
trânsito segue o fluxo normal.
Isadora Teixeira: No último
sábado, um ônibus foi incendiado por seis pessoas no Sol Nascente. A Secretaria
de Transporte decidiu suspender os ônibus na região após esse episódio. Como
está a situação dos ônibus ali nesse trecho?
Zeno Gonçalves: Nós
tivemos que tomar essa medida por questão de segurança. Nosso papel é garantir
a segurança do usuário e dos operadores. A empresa que operava no sistema nos
reportou que recebeu ameaças, dizendo que o ônibus que entrasse seria queimado.
São recados do crime que atua naquela região. Nós fomos reportados desse
assunto, a Secretaria de Segurança também foi comunicada. Eu trabalhei em
conjunto com o secretário Sandro Avelar, que prontamente tomou algumas medidas
junto com a Polícia Militar, tanto na investigação quanto na prevenção de
segurança ostensiva. E, em pouco tempo, a gente restabeleceu. Houve reforço de
segurança, as operadoras tiveram as garantias de poder continuar trabalhando e
aí, na madrugada de domingo, a gente já voltou operar.
Na sequência, tinha um problema de chuva na região. Alguns
trechos ali ainda continuam dificultando o total trajeto, principalmente da
linha 928. Estive lá ontem para tratar desse outro assunto. Em um primeiro
momento foi fogo, depois foi água. A gente está resolvendo. Todos os dias tem
alguma situação para a gente resolver.
Isadora Teixeira: Atualmente,
apenas 134 ônibus de mais de 2,8 mil veículos têm a possibilidade de pagamento
de cartão de crédito e de débito. Existe previsão de expandir?
Zeno Gonçalves: Existe
sim. Todos os ônibus terão a tecnologia. Essa tecnologia permite duas coisas.
Primeiro, esse pagamento que a gente chama de sistema EMV, sigla mundialmente
conhecida pelas bandeiras Elo, Master e Visa, para poder pagar com seus
plásticos e com o Pix também. Segundo, é que nós vamos permitir que isso
aconteça em tempo real, porque há necessidade. Se você está usando o seu
cartão, você tem que ter acesso à conta do banco e validar. Senão, imagina o
prejuízo de você ficar offline e o usuário tendo que passar [o cartão] sem saldo
na conta.
Então, esses novos validadores todas as empresas já adquiriram.
Essa fase de testes do sistema, de software, está sendo feito nesses 134 ônibus
da empresa Marechal, mas todos já estão equipados. Até o final deste mês de
abril, nós concluímos. O atraso se dá por conta própria renovação de frota. A
São José, por exemplo, está com os ônibus todos novos que precisam ter toda a
parte de mudança, instalação dos validadores. É um assunto que demanda um certo
cuidado, porque é uma tecnologia que exige muita atenção na instalação.
Mas, ainda nesse primeiro semestre, nós vamos expedir uma
portaria que trata da regularização e como vai funcionar essa retirada do
dinheiro. Nós temos um cronograma de fazer pilotos em regiões como, por exemplo
,o Gama, Santa Maria ou Sobradinho – gente está avaliando – em que não serão
mais aceitos pagamento em espécie no dentro dos ônibus. As pessoas vão poder
usar os seus cartões ou adquirir um bilhete. Junto com o cobrador, adquirem o
bilhete provisório, sem usar o dinheiro.
Então, vai ter uma transição. A gente vai fazer muita
propaganda, vai divulgar para as pessoas. Ainda este ano nós vamos ter tanto
essa possibilidade de retirada total do dinheiro a bordo, como também a
previsibilidade. Com esses validadores, o usuário vai poder saber onde está o
seu ônibus, ele vai poder ir para parada acompanhando, pelo aplicativo do BRB
Mobilidade ou outro aplicativo, o momento exato que o seu ônibus está. Hoje,
isso já é possível na grande maioria das linhas, mas ainda não em todas. Então,
essa modernização do sistema vai trazer muito mais conforto ao usuário, muito
mais tranquilidade, segurança porque não vai ter dinheiro a bordo e
previsibilidade do transporte.
Isadora Teixeira: A
expectativa é de que até o final do ano todas as linhas de ônibus tenham esse
sistema?
Zeno Gonçalves: Todas,
inclusive os permissionários rurais. Até o segundo semestre. A previsão nossa,
pelo cronograma, é que em agosto ou setembro a gente já está com isso bem
testado e, rodando o piloto, a gente vai poder ampliar isso para todas as
linhas.
Isadora Teixeira: Historicamente,
há reclamação sobre atrasos e insegurança dentro dos ônibus. Por que isso nunca
foi resolvido?
Zeno Gonçalves: Veja, nós
estamos tratando de um assunto que é um desafio em qualquer parte do mundo. Os
investimentos são muito altos. Nós entendemos que os governos precisam
enfrentar o transporte com o mesmo olhar, por exemplo, do problema da saúde, da
educação, do Sistema Único de Saúde, dos fundos de educação básica, de ensino
fundamental. Então, o governo federal e os governos dos estados – e Distrito
Federal não é diferente – estão enfrentando esse assunto para que haja uma
garantia de recursos, de estabilidade, para que nós tenhamos não o crescente
gasto.
Os cofres dos estados estão cada vez mais tendo que investir no
novo transporte porque a demanda cresce. E, obviamente, com o crescimento da
demanda vem os aspectos de insegurança. A gente sabe disso. Estamos falando de
transporte de massa, de aglomeração de pessoas e isso atrai, obviamente, a ação
criminosa, a ação do tráfico, os assaltos, as mortes que ocorrem dentro de
ônibus. Tem tanta situação triste que acontece e são desafios, a gente precisa
enfrentar.
Agora, quando você tem a retirada de dinheiro a bordo, quando
você tem, por exemplo, previsibilidade de horário, quando você tem uma segurança
que atua, que é ostensiva, que acompanha, que usa inteligência para trabalhar
no combate à criminalidade, você melhora os seus índices de segurança.
Mas tem outras ações, como, por exemplo, a iluminação das
paradas, dos abrigos, para a garantia de que as pessoas, principalmente as mais
vulneráveis, tenham segurança quando eles forem pegar o seu transporte em
horários diferenciados, como a noite ou de madrugada, o trabalhador tem que
sair. A gente está monitorando sempre isso e sempre tendo um olhar de cuidado
para quem usa o transporte, sabe? A gente se preocupa muito com isso.
A determinação do governador é: todo investimento só vai valer a
pena se as pessoas se sentirem seguras para pegar o transporte, sentirem que o
transporte está melhorando e a gente quer passar essa sensação que as pessoas.
A ideia de que o transporte é ruim é porque é difícil. Você tem que pegar um
ônibus que, muitas vezes, está cheio e, por algum problema, ele não chega no
horário. A gente monitora, a gente pune as empresas, a gente fiscaliza.
Com a renovação da frota da Marechal nós teremos a frota mais
nova, mais segura e mais tranquila do ponto de vista da regularidade para o
usuário de todo Brasil. Brasília já tem o que falar de pontos positivos, mas
vai se orgulhar muito ainda do sistema de transporte. Agora, esses desafios a
gente tem consciência deles e a gente está enfrentando. Óbvio, a gente quer que
as pessoas tenham essa sensação de que está melhorando e vai melhorar mais
ainda.
Isadora Teixeira: Em que pé
está a concessão da Rodoviária do Plano Piloto para a iniciativa privada?
Zeno Gonçalves: O edital
de concessão está na praça. A entrega das propostas dos participantes vai ser
dia 25 de abril. A partir daí, a gente começa a fazer análise. Eu acredito que,
se tudo correr bem, não tiver nenhum empecilho e nós tenhamos que adiar a
abertura das propostas, eu penso que, em 90 dias, a partir da data da abertura,
nós já tenhamos condição de declarar o vencedor.
Isadora Teixeira: A
expectativa é de que a nova empresa assuma quando? E a partir de quando ela
terá que apresentar melhorias?
Zeno Gonçalves: Ela tem
que apresentar o plano das obras, o cronograma de investimento. A gente vai
acompanhar. Ela tem gatilhos e prazos a cumprir. No segundo semestre, saindo o
resultado, ela já assina contrato e inicia as tratativas. Obviamente, tem uma
fase de transição. A gente acredita que já no final desse segundo semestre de
2024 e em 2025, no primeiro semestre, já se comece a realizar os investimentos
e a gente perceba a mudança e melhoria ali na rodoviária.(*Clipping:Metropoles)